Acordamos com a idéia de conhecer o Santuário da Pedra Caída, já que não rolou ir fazer a caminhada da Terra da Lua na parte da Chapada das Mesas que fica em Filadélfia (TO). Estávamos super a fim de fazer esse outro passeio com a agência, mas o cansaço e o cronograma da viagem não permitiram.
Mas fica a dica: o passeio da Lua em Filadélfia é uma ótima alternativa para os aventureiros, já que é feito quase que todo a pé (cerca de 14km de caminhada) e numa área ainda pouco explorada da Chapada, com vista para a floresta petrificada, o rio Tocantins e grande parte do cerrado ainda nativo. De quebra ainda tem a ida e volta de balsa-barco pelo rio, com um pôr do sol incrível no fim do dia (digo isso porque víamos o mesmo todos os dias da varanda do nosso quarto na Pousada dos Candeeiros). Melhor nem falar muito, porque já bate um arrependimento! Mas o Joberto, proprietário da Candeeiros, nos contou que tem planos de fazer uma pousada ecológica naqueles lados. Quem sabe não voltamos em outra oportunidade?
Para já cair na estrada, resolvemos trocar de pousada, apesar de estarmos super bem instalados na Candeeiros. Não sei, parece que a gente não consegue ficar mais de três noites em uma mesma pousada. Queremos explorar e aproveitar ao máximo os aprendizados que temos com a hospedagem em lugares diferentes. Então, logo após o café (mais uma vez com um bom bate papo com o Joberto), arrumamos tudo e caímos na estrada.
O Complexo da Pedra Caída fica próximo a Carolina, cerca de 32 km pela BR-230 sentido Estreito. Na estrada, avistamos de longe uma pirâmide no topo de uma montanha e já imaginamos que deveria ser do resort. Logo após a subida da estrada, já é possível ver a entrada do Complexo à sua esquerda. Ao entrar, pudemos comprovar o que já havíamos ouvido de outros turistas em Carolina: é realmente um belo resort. Impressiona logo de cara pelo tamanho e organização.
Em uma enorme portaria, onde fomos recebidos pela recepcionista que nos informou as condições para a entrada. Durante a semana (de terça a quinta) o valor cobrado para a visitação do complexo é de R$ 30 por pessoa e dá direito a usar as piscinas (valor consultado em 2015). No final de semana, este valor sobe para R$ 50 por pessoa. Todos os passeios feitos lá dentro devem ser acompanhados por um guia do resort e os valores são cobrados também por pessoa. Como tínhamos a intenção de nos hospedar, acabamos descobrindo que não seriam cobradas as taxas para visitação e fomos para a recepção do hotel.
Lá fomos muito bem atendidos pela Uilana, que nos apresentou o Fábio, gerente do resort. Com ele fomos conhecer as instalações a bordo de um carro elétrico, tipo aqueles de golf. Ele nos mostrou os quartos e chalés e nos contou um pouco sobre o resort. A área da Pedra Caída já era uma área explorada turisticamente, porém com uma estrutura bem mais simples (que hoje está em reforma) ao lado da atual. Hoje, são 30 apartamentos e 36 chalés para hospedagem, todos equipados e padronizados estilo hotel americano. O dono, segundo Fábio, um senhor simples, empresário do ramo de transportes hidroviários (especialmente balsas, como as que vimos em Carolina fazendo a travessia para Filadélfia), foi um visionário e tem muitos planos para o resort, sendo o principal deles eliminar a baixa temporada. Ficamos felizes de ter aparecido aqui agora: como estamos no final da baixa, estaremos só nós hospedados no hotel. Na verdade, o estilo do hotel nem é muito nossa cara, mas vazio a história é outra. Acabamos decidindo nos hospedar aqui mesmo, por uma noite, antes de seguir viagem para Barra do Corda.
Logo nos instalamos e fomos para a Sala dos Guias tentar descobrir como podemos conhecer o máximo durante a tarde e quem sabe algo ainda amanhã de manhã. Conversamos com o Marcos, o líder dos guias da Pedra Caída, e ele sugeriu que fizéssemos a tirolesa e mais tarde a cachoeira da Pedra Furada. Nem almoçamos e seguimos para a trilha que leva à tirolesa com o guia William, que foi conversando durante todo o percurso contando as histórias de ser guia. Coincidentemente, a tirolesa sai daquele morro da pirâmide. Há uma trilha muito bem preparada em caminhos de madeira inclinados. Depois de 30 minutos subindo (que foram bem tranquilos, nos deixando felizes com nosso condicionamento). Fizemos a descida na tiroleza e foi bem tranquilo, emoção na medida certa e um visual deslumbrante.
Logo depois da descida, fomos para a piscina curtir um pouco o calor do meio dia. Quando falamos que estamos só nós no Complexo, não foi exagero. Só nós mesmo! E aquela piscina gigantesca só para nós foi um deleite!
Nos preparamos e seguimos com o guia Rafael pela trilha da Cachoeira da Pedra Furada. A trilha é muito tranquila: toda em caminhos de madeira, os 2 km foram fáceis de chegar. Aliás esta é uma das vantagens aqui do resort: tudo é muito bem organizado e preparado para receber todo tipo de turista. Durante a caminhada, conversamos muito com o guia Rafael, que contou das histórias de descobrir as cachoeiras, da tirolesa, mas nunca conheceu nem o Riachão. Chegando na cachoeira, fomos correndo pro banho: o fundo é de areia e muito tranquilo para entrar e chegar perto da queda. Ficamos um tempo curtindo a natureza ali e retornamos na mesma trilha para o hotel. O Rafael sugeriu 3 cachoeiras para conhecermos amanhã e já marcamos de encontrá-lo às 8h para começar cedo e dar tempo de visitar tudo.
Voltamos para a piscina e curtimos até uma chuvinha. Incrível como o lugar é grande e temos ele todo para nós hoje!
O jantar foi no próprio Restaurante do Hotel mesmo: picanha com queijo coalho e macaxeira. Fomos muito bem atendidos pelo Zé, que já havia nos atendido na piscina durante a tarde. Depois daquela comida deliciosa, fomos dormir para aproveitar amanhã!