Acordamos cedo para o café e para aproveitar um pouco da praia. O dia estava lindo e aproveitamos para fazer uma caminhada e tirar algumas fotos da praia.

Para chegar, descemos uma duna que fica atrás da pousada e chegamos a uma escada que leva aos bares da praia. Também existe uma passarela que sai da Praça do Dragão no centro e chega à praia.

A praia de Canoa Quebrada é enorme, de perder de vista. As falésias vermelhas acompanham toda a extensão da praia, mescladas com piscinas de corais e areia branca. O vento é tão forte que a areia pinica!

Na volta do passeio paramos em uma barraca na praia para tomar uma água de coco quando um local muito simpático veio nos mostrar um pouco de sua arte, as famosas garrafas de areia do Ceará. Paulo Sérgio ficou ali nos mostrando e explicando como fazer o trabalho (que é muito difícil!) de uma maneira não invasiva e muito interessante. Sabe quando a pessoa consegue se vender sem ficar mendigando? Além disso, começamos a conversar de Barra Grande e ele nos presenteou com palavras de apoio e positividade, o que para nós é o melhor que podemos receber neste momento de mudanças! Tem até foto dele lá no nosso Facebook, mereceu pela simpatia e pela arte maravilhosa a qual se dedica!

Quando vimos já era quase meio dia e precisávamos fazer o check out da pousada. Começou a bater a tristeza do fim da viagem... Mas ainda faltavam 150 km para Fortaleza e a viagem precisa continuar para terminar!

Fomos pelo caminho da praia (CE-040) para evitar a BR-116. Chegamos em Fortaleza cedo e antes de procurar um hotel, fomos procurar o aeroporto, na esperança de conseguir algum hotel por ali e facilitar a noite (já que meu vôo para Campinas sairia às 2h15 da madrugada). Nos perdemos (claro), Fortaleza estava um caos no trânsito e as placas não estavam ajudando... Com algumas informações, conseguimos chegar ao aeroporto, mas nada de hotéis próximos... Estranho! Então, volta tudo de novo pro centro para procurar um hotel...

Isso já passava das 16 horas e o trânsito estava ainda pior do que na ida para o aeroporto... E nada de hotéis pelo caminho. Só fomos encontrar alguma coisa na Avenida Beira Mar e os preços eram exorbitantes... Cheguei a entrar em um hotel cuja diária mais barata era de quase 500 reais... Ui! E ainda por cima, todos estavam lotados! Já estávamos cansados e estressados do trânsito, com fome... Quando encontramos um hotel, já estávamos quase desistindo e indo procurar em outro lugar.  Mas pelo menos conseguimos nos instalar!

Arrumação de malas, providenciar outro celular pro Marco (pelo menos emergencial)... Tínhamos muitas coisas para fazer em Fortaleza. Acabamos pegando um táxi para não nos estressarmos ainda mais com o caos do trânsito e a falta do GPS (o carregador do carro não está funcionando desde o início da viagem). Mais uma sorte, pois acabamos conhecendo o Saad, um carioca que está há 5 anos morando em Fortaleza, mas também já pensa em se mudar para um local mais sossegado... Nos contou da vida no Ceará, das dificuldades e do seu sonho de abrir um restaurante árabe por lá, mas que é muito difícil conseguir um bom ponto por um preço possível de pagar. Acabou que ele virou nosso taxista oficial da noite, inclusive me levando ao aeroporto. E cartões trocados, quem sabe ele não vai abrir alguma coisa no Piauí?

E chegou a hora de partir... Uma despedida rápida, em 5 dias estarei de volta e finalmente vamos chegar com a família completa em Barra Grande! A viagem acaba aqui para mim, o Marco ainda tem um dia de estrada e ambos tem muitas coisas a resolver... O balanço geral? Foi ótimo! Mas isso é assunto para um outro post...