Acordamos sem passar calor, mesmo sem ar condicionado e com o ventilador desligado. Como é libertador visitar um lugar e não precisar fechar as janelas e se isolar da natureza para se sentir confortável! (*) Pra quem não entendeu, tem que ler o post de ontem: Dia 12 # Longa estrada até Riachão (MA). Dormimos a noite toda com o barulho da água correndo nas cachoeiras e corredeiras do Rio Cocal. Sem pernilongos nem incômodos. Um quarto super simples, mas com tudo o que a gente precisava: uma cama e um banheiro. Porque ás vezes a gente só dá valor pro pouco quando vê que não precisa mesmo de muito!
Aproveitando o dia no Complexo Santa Bárbara
Levantamos e logo corremos pro café, para aproveitar a manhã por aqui, antes de seguir para Carolina. Para visitar as cachoeiras do complexo Santa Bárbara, é cobrada uma taxa de manutenção de R$ 30 por pessoa. Antes de ir, achamos um pouco caro, mas as recomendações eram boas e resolvemos seguir em frente. As trilhas são curtíssimas e auto guiadas, muito tranquilas para fazer, independente da idade. Primeiro fomos visitar as quedas de cima, a Cachoeira dos Namorados. Pequena queda, mas com uma área gostosa pra entrar na água e sentir a primeira cachoeira da viagem. Também aproveitamos que estávamos só nós para curtir mais um pouco a paz do lugar. Era um sábado e pelo jeito, logo o complexo estaria cheio de turistas, pois já haviam alguns chegando na hora que entramos na área das cachoeiras.
Descendo as escadas e decks de madeira, chegam-se às atrações principais do Complexo: o Poço Azul e a Cachoeira Santa Bárbara. O Poço Azul é formado por uma queda em meio de rochas e , devido à composição das rochas no fundo, a água adquire a cor azulada. Quando visitamos, a água estava mais para o verde, devido à temporada de chuvas, mas não tirou a beleza do local. Aproveitamos pra dar um mergulho junto com os milhares de peixinhos. A água é gelada, mas com o calor foi muito refrescante!
Apenas alguns metros de caminhada nos decks levam até a Cachoeira de Santa Bárbara. A impressionante queda, de cerca de 40 metros de altura, é tão forte, que respingos de água formam uma névoa. De tão forte, não tivemos coragem de entrar na água. Parece que fora da época de chuvas há menos água e possibilita o banho.
Antes de Carolina, o Encanto Azul
Terminando a caminhada, resolvemos que já era hora de partir rumo a Carolina. Comemos um lanche rápido no próprio complexo e, quando fazíamos o check out, nos sugeriram seguir até o Encanto Azul, outra queda próxima dali, a apenas 6 km (acessível somente com 4x4).
Resolvemos ir, já que provavelmente não voltaríamos mais a Riachão. A estrada é bem arenosa e fofa, ligamos o 4x4 e fomos na fé. Não há muitas placas, mas não tem como se perder. Em um clarão, paramos o carro e seguimos por uma trilha à direita, seguindo o barulho da água. Apesar de não ter identificação, é bem intuitiva e aberta, pois diversas agências de Carolina trazem turistas para cá também. A trilha começa a fechar e ficar um pouco mais íngreme no final, mas aí o barulho da água não deixa dúvidas que estamos no caminho certo.
Ao chegar, o deslumbre: um enorme poço ainda mais azul que o Poço Azul, com água transparente e a vegetação fechada, escondendo essa beleza da natureza. Poucas pessoas chegam até aqui, devido ao difícil acesso e também por não haver estrutura no local. A área tem um dono, que até o momento não se interessou em explorar o local turisticamente, mas libera a entrada para os turistas. Pena que vimos muito lixo deixado por ali, próximo ao estacionamento. Infelizmente o turista brasileiro parece não se importar muito com a sujeira que deixa...
Rumo a Carolina
Retornamos pelos mesmos 6 km de areia fofa até a estrada de piçarra que levava à BR. Até Carolina, foram apenas 90 km na estrada, que está em ótimas condições. Chegando na cidade, demos uma volta e perguntamos sobre o centro, para encontrar uma pousada. Logo encontramos a Pousada dos Candeeiros , bem em frente a uma charmosa praça no centro, bem próximo do Rio Tocantins. Fomos muito bem recebidos, nos mostraram toda a pousada e decidimos ficar. O lugar é bem charmoso, uma casa antiga totalmente reformada, mas sem perder o aspecto rústico. Curtimos um pôr do sol incrível da nossa varanda e saímos a pé a noite para jantar. Gostamos muito do clima da cidade. Amanhã vamos explorar as proximidades!