Acordamos já prontos para um dia de muita caminhada e também para a troca de hotel (hoje vamos mudar para o Albergue Serra da Capivara, que visitamos ontem durante o almoço). Após o check out no Hotel Real, fomos resolver as últimas pendências na cidade e seguimos em direção ao parque.
Para o dia de hoje pegamos um novo guia para explorar o lado mais aventureiro do parque. O nome dele é Nestor e mora na vila do Canto do Mocó (aquele roedor que vivem nas pedras, que vimos por todos os lados aqui ontem), já em João Dias, o que facilita o encontro no albergue.
Após conversarmos um pouco sobre nossos objetivos na caminhada (queríamos explorar o máximo possível e não tínhamos nenhuma restrição quanto a tempo e dificuldade), Nestor resolveu que faríamos o caminho do Caldeirão do Rodrigues. Deixamos o carro no início da trilha e logo enfrentamos o primeiro desafio da caminhada: uma subida em degraus cavados em uma grande rocha, que já testou nosso fôlego logo de cara.
Seguimos por trilhas no meio da mata seca do cerrado, visualizando sítios arqueológicos ainda mais visíveis e sem toda a proteção que vimos ontem. No meio do caminho, várias paradas em pontos estratégicos para contemplar a paisagem única do local. Este sim é um caminho alternativo, para quem gosta de unir a visita aos locais das pinturas rupestres com caminhada forte e paisagens exuberantes!
Caminhamos por várias horas (cerca de 5 horas em ritmo forte para fazer todo o trajeto de 13 km) até chegarmos ao ponto final: uma escada de barras de ferro feita em torno da enorme pedra que ficava bem ao lado de onde começamos a caminhada. O Nestor já tinha falado da dificuldade da trilha, inclusive que houve uma vez em que o grupo desistiu de descer a escada e teve que caminhar mais 3 km para voltar ao carro. Realmente não dá pra pensar muito: tem que descer com muita calma, um degrau por vez, sem olhar muito para baixo. Adrenalina total, mas valeu muito a pena!
Saímos do parque e já fomos para o Albergue Serra da Capivara. O albergue, apesar do nome, é mais uma pousada do que um albergue. Ele possui os tradicionais quartos compartilhados com beliches, mas também há quartos com ar condicionado, chuveiro quente e ventilador. Por sorte ainda conseguimos almoçar no albergue, mesmo apesar do horário. Como sabiam que nós íamos chegar, eles nos prepararam um banquete, pois o serviço de buffet já havia encerrado. Ficamos muito agradecidos!
Aproveitamos a tarde para descansar e decidir os rumos da viagem. Ainda não sabemos se vamos para o Jalapão, as informações continuam muito desencontradas e também não sabemos ao certo o que fazer. Mas deve ser o cansaço, decidimos deixar pra pensar nisso melhor amanhã.
. Tanto conforto nos relaxou tanto que acabamos perdendo o jantar. Mas sem problemas, pois tínhamos umas guloseimas no carro que ajudaram a passar a noite! Mas vamos mesmo é dormir cedo, pois o café da manhã é bem cedo por aqui (termina às 8h30) e logo depois ainda precisamos ver o que fazer.