Hoje o dia começou com mais chuva... Tudo encoberto, chuva fina caindo... E temos que sair de Itacaré. Já foi outra parada inesperada e hoje temos que passar Salvador, pra dar tempo de continuar a viagem.
Saímos logo após o café. Seguimos pela nova estrada que liga Itacaré a Camamu, então não precisamos voltar à BR-101, o que economizou uns 200 km de viagem. Ótimo, pensamos na hora.
O novo trecho da BA-001 foi inaugurado há dois anos, mas a última vez que viemos à Itacaré já estava com o trecho inicial pronto, porém não liberado. Na época o pessoal da cidade se reunia no topo do início da nova estrada, com skates e patins. Agora a estrada está finalizada e têm redes de palha feitas pelos moradores das comunidades ao redor que servem como pontes para os macacos cruzarem a estrada (muito legal!). Até passamos na entrada pra estrada de terra que leva até Barra Grande (da Bahia!), mas com aquela chuva, era impossível chegar lá com nosso carro... Ok, fica pra quando tivemos um Troller!
Mas, logo depois de Camamu, a estrada começa a passar por vários vilarejos e cidadezinhas, com incontáveis lombadas. Ou seja, 100 km rodados a cada 2 horas... É, parece que não vamos chegar tãoo cedo assim quanto pensávamos.
Depois de passarmos pelas (milhares de) lombadas, finalmente chegamos à estrada que leva à Ilha de Itaparica, onde pegaríamos o ferry boat pra Salvador. Mas (de novo) a estrada estava péssima. Esburacada, mal sinalizada, com diversos caminhões querendo cortar o caminho (como nós).
Bem, depois de quase 4 horas de viagem, estávamos na fila pro ferry quando vimos a placa indicando "Mar agitado". Maravilha hein, meu estômago, que já quase não é enjoado, já se preparou pro pior. Mas nem foi tão ruim assim, só que não consegui sair do carro durante toda a travessia, que durou quase 1 hora.
Chegando em Salvador, notamos que a excelência em sinalização que observamos em toda as costas temáticas não chegou até aqui. Uma bagunça no trânsito, um pouco perdidos, mas o primeiro posto que passamos já nos indicou como chegar à Linha Verde / Estrada do Côco. Já estavamos com planos de parar na Praia do Forte.
Cansados com o trânsito, chegamos à Praia do Forte próximo às 19 horas. Rodamos um tempo para entender onde estavam as pousadas, já que a maioria das construções lá são de casas de veraneio. Por fim, achamos o Praia do Forte Hostel, que além dos dormitórios coletivos tinha quartos privativos e era bem interessante no ponto de vista de um empreendimento turístico. Fechamos e desembarcamos no Hostel rumo ao "quarto da Coruja".
Depois de um banho, hora de conhecer a cidade, que parecia ser bem legal. E era mesmo... Já voltado para um turismo de compras e entretenimento, a Praia do Forte tem de tudo: lojas de artesanto regional, de pedras brasileiras, restaurantes bacanas das mais variadas especialidades, pousadas charmosos, passeios turísticos de buggy, 4x4 e até vôos panorâmicos. O centro da praia é totalmente urbanizado e poucas das casas ali permanecem com os nativos. A rua é toda calçada e em boa parte do centro, carro não entra. As construções são bem típicas da Bahia, coloridas como em Trancoso. Mais é bem mais "chique" que os outros lugares que estivemos.
Amanhã o plano é chegar no Sergipe... Quer dizer, se a chuva que começou à noite parar...