Dia 04 - Das Baleias pro Descobrimento (Cumuruxatiba > Trancoso BA)

Ficamos sabendo que viemos pelo pior caminho para Cumuruxatiba. O outro acesso por terra até Prado estaria bem melhor e ainda tinha de bônus passar ao lado da costa. Mudamos o caminho na volta, que não
estava em tãooo melhores condições assim as valeu pela bela paisagem.

Ainda bem que não decidimos visitar alguns pontos que o atendente do hotel nos recomendou, teríamos que andar mais de 60 km na terra! Muito arriscado pro começo da viagem...

Quando estávamos de volta à BR-101, vimos placas indicando o Monte Pascoal (aquele que Pedro Álvares Cabral avistou do mar, levando-o ao descobrimento do Brasil), que não nos desviaria muito do caminho para
Trancoso. Resolvemos passar por lá. Pena que chegamos já eram mais de 15h, então o máximo que vimos foi um índio de óculos (?) e bigode (???), que nos informou que a visitação encerrava ás 16h. Uma pena, porque parece que a vista de lá de cima é bem impressionante.

Paramos só pro Marco comer um pedaço de carne carvão com pão de antes-de-ontem e tocamos viagem rumo a Trancoso, pois queríamos conhecer o tal do "Quadrado". Chegamos lá já de noite, por uma nova estrada que também liga a Arraial d'Ajuda e Porto Seguro. Ficamos um pouco perdidos na vila, mas logo achamos a Pousada Campestre, bem ao lado do Quadrado e com estacionamento. Quando vimos o quarto, achávamos que ia ser uma pousada cara, mas pelo contrário, era a mais barata da viagem. Já nos alojamos ali mesmo e fomos conhecer o Quadrado.

Impressionante... Sem palavras pro turbilhão de idéias que se iniciou em nossas cabeças diante daquelas lindas casinhas históricas coloridas, iluminadas até formar uma penumbra aconchegante, os cheiros dos restaurantes maravilhosos sendo exalados, o movimento displicente das pessoas nas ruas, um sentimento de relaxamento e conforto. O que mais alguém procura quando tira férias. Trancoso é assim meio mágica, aquele lugar que te dá vontade de morar, aquele lugar onde todo mundo parece feliz. Incrível!

Caminhamos pelo Quadrado até a igreja e começamos a procurar (seriamente) um lugar para comer. Prestando atenção mais às construções e soluções que no cardápio, nos deparamos com O Cacau, um restaurante que nos chamou pela arquitetura do que por outro motivo. Mas foi o suficiente para nos convencer que devíamos ficar ali
observando durante o jantar. E foi o assunto principal da noite: os lustres, as paredes, o cardápio, as luzes, os balcões... Parecia que estávamos fazendo uma análise do ambiente, além de desfrutar de sabores incríveis na comida e na bebida. E ainda tinha a Moréia, a cachorra linda da dona do O Cacau, que ficou do nosso lado, dando mais saudade dos nossos cachorros que ainda estão em Campinas (maspor  pouco tempo!).

É... Foi muito bom ter passado por aqui!