Depois de uma bela noite de sono, acordamos cedo e já fomos para o café, onde encontramos o Marcos, nosso guia de ontem na saída. Ele confirma o nosso roteiro para o dia (vamos visitar a Caverna, Capelão e Santuário, todas cachoeiras) e marcamos a saída para as 9 horas. Mas hoje nosso guia será o Pedro, um local muito conversador e conhecedor da área.
Passeios no resort da Pedra Caída
Caverna
Pegamos o jipe do resort e seguimos para a primeira trilha. Como a trilha de ontem, super bem estruturada, com decks de madeira em quase toda a extensão. Chegando na entrada da caverna, deixamos nossos tênis e mochilas e entramos na água. Caminhamos pela água, num solo também arenoso por alguns metros até chegar à queda d'água. O banho na cachoeira é maravilhoso, queda forte e também é possível chegar bem perto dela. Novamente só nós explorando o local.
Ficamos ali um tempo ainda conversando com o Pedro, que nos contou muitas histórias. Falou muito sobre o impacto que a Usina de Estreito causou na região, desde a extinção de peixes até o alagamento e perda permanente da fauna e flora local. Lembrei-me da falta de conscientização ambiental quando são implementados estes grandes projetos e me bateu aquele peso na consciência de já ter trabalhado com isso pela Alstom. Pelo menos hoje não tenho mais a sensação de contribuir para tudo isso, uma das causas que me levou a largar a carreira bem sucedida em busca da realização dos meus ideais.
Capelão
A próxima trilha foi para a cachoeira do Capelão. Pegamos o carro novamente e fomos até outra entrada de trilha, esta já fora dos limites do resort, mas também com visitação permitida. A trilha era mais na terra, mas rapidamente já chegamos ao curso d'água. A cachoeira fica escondida no meio da mata e fica bem rasinho na frente dela, o que permitiu que ficássemos ali relaxando um pouco antes de seguir para o ponto principal do Complexo: a cachoeira do Santuário.
Santuário
As trilhas da Pedra Caída
As trilhas no Complexo da Pedra Caída são, no geral, bem fáceis de seguir, mas sempre tem que ir com um guia por determinação da administração.
Nós nos surpreendemos muito com a estrutura do resort. Estávamos meio receosos de ir por achar que seria mais turístico e lotado, mas as cachoeiras nos surpreenderam demais.
Os valores são um pouco altos, mas compensa pela ótima estrutura do resort que você pode desfrutar depois dos passeios!
- Pedra Furada - R$ 30 por pessoa (2 km - a pé)
- Caverna e Capelão - R$ 40 por pessoa (400m)(*)
- Santuário - R$ 25 por pessoa (600m)(*)
(*) precisam de carro para chegar na trilha - incluído no valor do passeio
O Retorno à estrada
Já na volta, paramos para almoçar e fizemos mudanças no plano da viagem: devido ao horário e às aldeias indígenas no caminho de Barra do Corda, resolvemos seguir somente até Imperatriz hoje. Dois dos guias indicaram que não era seguro atravessar por elas, devido a tensão recorrente com os povos indígenas, que insistem em cobrar pedágio na área, apesar da estrada ser de terra e haver um acordo para a passagem de carros por ali. Mais uma vez o trajeto indicado pelo Google se mostrou uma furada (cuidado ao planejarem sua viagem com o uso da ferramenta!). Alterando o caminho para Imperatriz, amanhã teremos um longo dia de viagem até os Lençóis, mas pelo menos não teremos estradas de terra nem aldeias.
Depois do almoço, fomos direto para a estrada. A estrada para Imperatriz foi tranquila na primeira parte, até a confluência com Estreito. No total, são 110 km de Carolina até Imperatriz, a 2a maior cidade do estado Maranhão.
Depois, muitos caminhões na estrada, que passa no meio da cidade. Optamos por um hotel praticamente na estrada avenida, ao lado de um shopping, o hotel Imperial. Aproveitamos para dar uma voltinha e jantar no restaurante chinês, estava muito bom. Pensamos em ir ao cinema, mas não tinha nada de interessante passando. Mais uma noite de dormida cedo, pois amanhã temos mais de 600 km e estradas não tão boas até Morros, quase nos Lençóis Maranhenses. Nem acreditamos que a viagem já esteja entrando na reta final da nossa aventura!